sexta-feira, 7 de março de 2008

Arequipa e o Vale do Colca

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Bueno.

Ja estoy em Cusco!!!

Pero atrasado ainda estou em Arequipa.

Depois de uma boa descansada da subida, ou quase subida do Misti, deixei o sabado para Arequipa, a cidade-branca.

Arequipa ja era habitada desde 8000 anos atras. Ela foi oficialmente fundada pelo governante inca Mayta Capac que ali encantou-se com o lugar e disse: "Are quipay!", que quer dizer "fiquemos aqui!". É também conhecida com a cidade-branca, uns dizem que é porque tem muitas casas da cor branca, outros porque a populacao de europeus espanhóis é grande. A fundacao da cidade pelos espanhóis data de 1540.

A Plaza de Armas

Arequipa parece com Porto Alegre. Me gusto mucho. O pessoal se recente de estar muito longe (ao sul) de Lima e sente "separado" do restante do país. Eles mesmo dizem que moram na República de Arequipa. Pois bem, no sabado pela manha fui dar banda pela República arequipenha. A primeira parada é na Plaza de Armas, onde uma imponente Catedral toma conta da vista, junto com o Misti, que parece vigiar Arequipa.

O entorno da Plaza de Armas


A catedral de Arequipa
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Saindo dali fui ver a Juanita, mas ela nao estava em casa. Ela mora no Museo de Los Santuarios Andinos de La Universidad Santa Marta. Juanita é uma mumia de uma crianca de 12 ou 14 anos encontrada a 12 anos no nevado Ampato. Seu corpo foi encontrado em perfeito estado de conservacao e é a mais bem preservada mumia encontrada no territorio do antigo Império Inca. Por isso mesmo, ela recebe muitos cuidados e 6 meses ao ano ela é retirada da exposicao para descansar, isso que ela é mantida numa camara refrigerada. A guria nao tem um pingo de sossego: quando nao esta exposta aos turistas esta rodeada de cientistas. A visita comeca com um video muito bem feito sobre como foi encontrada Juanita, depois um recorrido onde se mostra ceramicas, tecidos, pecas de ouro e prata ate o grand-finale, que seria a Juanita. Colocaram outra no lugar, mais fajuta. No se puede sacar fotos.

Mais tarde fui visitar o enorme Mosteiro de Santa Catalina, fundado em 1579. É uma verdadeira cidadela. Dá pra se perder lá dentro de tao grande. Pra ser ter uma ideia, existem "ruas" lá dentro, a calle Toledo, Córdoba, Navarra, entre outras. O problema é que o Mosteiro peca pela repeticao, pois ha inumeros claustros onde viviam as freiras mas sao todos quase iguais. Durante a época colonial, era uma honra ter uma filha no mosteiro. Uma honra cara, pois o dote era altíssimo. O costume era que a primeira filha casasse, a segunda se tornasse freira e a terceira ficasse cuidando dos pais. Dá pra conhecer os grandes pátios, as salas de rezas e inclusive uma enorma banheira onde duas freiras tomavam banho ao mesmo tempo, olha só.

O enorme mosteiro de Santa Catalina: esquina da rua Málaga com Toledo
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As ruas dentro do mosteiro
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A banheira onde duas freiras faziam, ops, tomavam banho juntas

Saindo do Mosteiro, voltei ao hotel. Arequipa é capital gastronomica do Peru. É incrivel a quantidade de restaurantes e cafés no entorno da Plaza de Armas, para todos os gostos e bolsos, de excelente qualidade. Adorei o suco de papaya arequipena. Nao me excedi nas comilancas. Deixei para Lima porque estaria com um guia para me explicar o que estava comendo. Acabei comendo cousas basicas como trucha, lomo, chorizo, pollo, etc.

Fui descansar porque ja fazia um tempinho que nao saia pra balada, depois do acidente em La Paz e da tirada do dente em Arica. Fiquei vendo TV e quando foi 23h resolvi dar uma dormidinha pra acordar as 23h45min. Putz, acordei as 3h da manha. Carajo. Perdi o sabado.

Em Arequipa, os ambulantes sao proibidos várias vezes

Pois bem, domingo acordei temprano pois ia ao passeio do Vale do Colca. Saímos de Arequipa em bus e chegamos a um mirador onde se pode ver o Vale do Rio Colca. É muito interessante pois o rio Colca forma um vale fértil rodeado de montanhas por todos os lados. La embaixo, no vale existem pequenos pueblos. O vale do Colca é um paraíso para esportes de aventura, uma pena que nao tinha muito tempo. Se pode fazer treking pelas montanhas, canoagem e rafting no rio Colca, mountain-bike, tudo. Me deu uma baita vontade de pedalar e caminhar uns 5 dias pela regiao, que é um verdadeiro espetaculo.

O Rio Colca

Na ida uma parada na Reserva Nacional de Vicunhas, um santuário criado pelo governo peruano para proteger as vicunhas, a pele mais apreciada e cara do mundo. Para voces terem um ideia, para formar o mesmo diametro de um fio de cabelo humano sao necessarios doze fios de pelo de vicunha.

O Vale do Colca

Chegamos a cidadezinha de Chivay onde almocamos. Como ja havia comido a lhama resolvi comer a alpaca agora. Nao tem colesterol, cousa e tal, mas a vaca é insubstituivel para mim. A tarde fomos a praia. Las Caleras, onde a agua sai do fundo da terra a 85 graus e chega às piscinas a muy buenos 35 grados.

A noite, fomos a uma peña folclórica, onde rola fiesta com musica peruana ao vivo e aproveitamos para jantar. Dessa vez foi trucha, peixe. Com uns goles de pisco sour a mais acabei dancando cúmbia a noite toda com uma peruana.

No outro dia, segunda, fomos conhecer o Canyon do Colca, que deixa o Itaimbezinho no chinelo. Altura: 4000m. Depois de uma caminhada pelo canyon fomos a um mirador onde se pode ver condores. Nao tirei fotos porque eles passam muito rapido. Prefiro ficar olhando normal do que ver atraves de uma telinha. Tem gente que nao tira o olho da camera. Nao sou vaidoso a ponto de colocar em primeiro plano o fato de "mostrar para os outros" do que mostrar para mim. O meu conselho é: venha ver voce mesmo, voce vai adorar e nada, absolutamente nada é melhor do que ver in loco e ao vivo.

Baks na beirada no Canyon do Colca
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Baks con las chicas peruanas en el Canyon

Na volta passamos pela cidadezinha de Chinchollo, onde almocamos e onde ha uma pitoresca igreja com um altar cravejado de ouro e prata.
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A igrejinha chincholliana
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Em Chinchollo, o Shrek aqui viu o Burro e foi tirar uma foto ao lado dele. Um amigo noruegues disse: "Duvido tu montar". Pô, ate parece.


Um burro em cima do outro. Pra completar a burrice total, saca a palavra à esquerda escrita em ingles. (na foto acima da pra ver melhor)

Bueno, volvemos a Arequipa onde, nao planejado, tive que ficar mais uma noite. Havia um problema com o meu cartao para sacar plata e nao tinha grana pra pagar o hotel e pegar o busao. Tive que ficar mais uma noite para resolver o problema no outro dia. Na terca, depois de varios telefonemas para a agencia do banco no (do) Brasil, resolvemos e pude seguir caminho.

Tomei um bus para Nazca (25 soles) bem cedo, la pelas 14h e cheguei nove horas depois. A paisagem é impressionante. Continua a aridez do deserto, so que fomos pela costa. A estrada, como de costume é muito pequena e mete um pavor, ja para fazer as incontaveis curvas o motora nao hesita em invadir a pista contraria. E o trafego é intenso. A estrada serpenteia montanhas com a diferenca que o abismo abaixo é o Oceano Pacífico. Essa aridez é pelo seguinte: a corrente marítima que banha o Peru é fria, ao contrario do Brasil, que é quente. Esse frio evita que haja evaporacao e consequentemente, chuvas, tornando o litoral extremamente arido. Simplesmente nao existem árvores. Só pedra e terra. Somente perto da foz de um rio é que o chao se torna fértil e dae se criam as cidadezinhas. O melhor momento é quando o busao atravessa a ponte sobre o Rio Colca a uns 200m dele desembocar no mar.

Cheguei em Nazca era meia-noite. Me hospedei por 40 soles (13 dólares) no Hotel Alegria, muito bom mesmo. Vale a pena. Relacao custo-benefício incrível. Aproveitei e comprei os passeios para o outro dia e fui jantar numa polleria, especializada em frango. Comi broscheta, uma especie de espetinho de frango com tomate e outras coisas que sei la o que é.

De la serie películas que usted no puede dejar de bajar a tu PC

Festa de Família. (Dogme 1: Festen, Dinamarca, 1998), de Thomas Vinterberg. Em 1995, dois cineastas malucos dinamarqueses fundaram o Movimento Dogma 95, que consistia numa nova maneira de fazer filmes. Por exemplo, nao pode usar cenografia, isto é, se voce quiser uma àrvore rosa, vai ter que encontrar uma árvore rosa, nao da pra pintar. O som nao pode ser preparado separado da imagem, que deve ser em cores. Deve ser tudo filmado em câmera de mao, além de outras regras. Dizem alguns críticos que tudo nao passa de marketing e um meio de justificar a falta de dinheiro para produzir filme, outros acham que trata-se, sobretudo, de arte. O que se vê é que, na real, as regras nao sao seguidas à risca, os dogmas sao "profanados" às vezes. Já foram feitos mais de duzentos filmes no estilo Dogma 95. Festen é o primogênito, e um dos melhores. Uma família dinamarquesa se reúne para comemorar os 60 anos de seu patriarca, porém uma revelacao bombástica feita por um de seus filhos pode estragar a festa. Também de Vinterberg é Querida Wendy, já americanizado, outro filme muitíssimo interessante.

Um comentário:

Bruno Araújo Oliveira disse...

Nuss, juro q naum sabia o treko sobre o oceano!!!!!
como diz, bks tbm é cultura
huahuaa, brinks
cuntinua postando