terça-feira, 25 de março de 2008

Enfim, o fim

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Olá pessoal!

Já de volta ao Brasil.
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Pra matar a saudade: ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ççççççççççççççççççç

hehehehee

Como o Bruno falou, nao poderia mesmo terminar assim. Tava esperando por uma coisinha que está postada lá embaixo.

Na verdade ja tô aqui desde terça. Depois da ultima balada cusquenha domingo de noite, saí para visitar alguns museus por lá, na segunda pela manhã. Fui no Koricancha, que foi um templo inca mas hoje é uma igreja e no melhor museu de toda a viagem: o Museu Inka.
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O Koricancha

O Museu é muito interessante, cheio de interatividades. Conta toda a história da civilização incaica, de forma muito agradável e criativa. Fica situada logo ao lado da praça central. Nas ruelas de Cusco, da pra ver muitas construções com pedras incas e depois, na parte de cima, ja com estilo colonial.


As paredes das construções coloniais que foram construídas sobre templos e palácios incas.

Bueno. Depois da banda por Cusco, fui no hostal pegar minha mochila e me mandei pro aeroporto. Tinha uma procissao de sei-lá-o-quê por lá. O táxi demorou e quase perdi o vôo. Na verdade até perdi, pois não queriam me deixar entrar. Chorei até que me deixaram ir: Moro em PortoAlegre, se eu perdesse esse vôo, que saía agora as 14h, só amanhã de manhã. Um pouquinho de licença poética. Valeu Adoniran Barbosa.

Cheguei em Lima no final da tarde. Ainda deu tempo de rever os amigos de lá. Fiz algumas compras no Shoping Larco, um centro de compras que fica a céu aberto na beira do mar. Muito legal. Comprei camisa da seleção peruana, um livro do Mário Vargas Llosa em espanhol e algumas garrafas de pisco, ou seja, futebol, cultura e cachaça.


O muito agradável de dar banda Shoping Larco
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Entao me toquei pro aeropuerto. Adeus, Peru.

Creio que ja posso tirar meu brevê. Foram 8h30min de vôo, sem contar as esperas dentro do avião: 3h de Lima a Santiago, mais 1h30min de Santiago a Buenos Aires, daí 2h30min de Buenos Aires a São Paulo. Pô, passei por cima de Porto Alegre. Depois mais 1h30 de Sampa pra POA.
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Chegando em POA às 18h marcamos um rodízio de pizza na Cia pra rever os amigos, que acabou em cachaçaria no Tropicália. No outro dia, mais cachaça no Nova York, com outro grupo que nao pôde ir na terça. Dae fui desfazer as malas, rever alguns malas, botar em dia as notícias brasileiras, separar as fotos e vídeos no computador e me dedicar a obra-prima que vocês vao ver la embaixo.


Pessoal que foi receber o Baks no Tropicália

Bem, me despeço de todos os leitores e dos amigos que fiz na viagem. Espero ter passado um pouco do que vi e senti nesses 60 dias. Meu conselho é: vai pra lá, vai mesmo.

Um agradecimento a quem foi essencial para a realização dessa trip: Vale do Rio Doce PN, Petrobrás PN, Banco do Brasil ON, Gerdau PN e Usiminas ON.

Também um abraço a todos novos e grandes amigos que fiz na trip, em especial aos meus anfitriões, o Gerald e a Alejandra, em Lima e a Hilda, em Oruro.

Koen - Bélgica
Sam - Bélgica
Luís - Brasil
Fred - França
Bruna - Brasil
Carlos - Bolívia
Toni - Bolívia
Taila - Brasil
Gisele - Brasil
Hilda - Bolívia
Will - Bolívia
Ksenia - Rússia
Irina - Rússia
Thijs - Holanda
Santiago - Argentina
Anthony - Irlanda
Álvaro - Chile
Felipe - Peru
Mayra - Peru
Luz - Peru
Tommy - Noruega
Omar - Peru
Adriano - Peru
Zeno - Itália
Martin - Alemanha
Marlene - Canadá
Camilo - Canadá
Rolf - Alemanha
Sonja - Alemanha
Josune - Espanha (País Basco!)
Nerea - Espanha
Oriol - Espanha
Carmélia - Peru
Vitória - Argentina
Carolina - Peru
Gerald - Peru
Alejandra - Peru
Michelle - Austrália
Lena - Suécia
Ângela - Brasil
Dani - Brasil

Fui!

Ops, já ia esquecendo, dá uma olhadinha no videozinho aí embaixo! Até a próxima, que vai se chamar Baks na Trilha do Gelo, Uma Jornada Até o Fim do Mundo.
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segunda-feira, 17 de março de 2008

El Camino Inca hasta Machu-Pichu

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A cereja do bolo. No final, Machu-Pichu.

Saímos de Cusco às 6h da manha de quarta-feira. No início, uma viagem de ônibus até Ollantaytambo, onde no km 82 da estrada-de-ferro Cusco-Aguas Calientes desembarcariamos para a longa peregrinaçao a pé até a cidade perdida de Machu-Pichu, simplesmente o principal destino turístico da América Latina.

Chegando no ponto de partida, tomamos um pequeno desayuno, ja que saímos muy temprano de Cusco e nao haviamos comida nada. Após uma pequena apresentacao do grupo (8 viajeros e 8 ajudantes) iniciamos a viagem, isso ja era meio-dia. No meu grupo, dois alemaes, dois canadenses e tres espanhóis. Cinco minutos de caminhada e ja temos que parar no primeiro posto de controle do Camino Inca. O governo peruano limitou o número máximo de viajantes em 500 por dia, contando tudo, turista, guias e portadores. O posto fica bem numa ponte, sendo impossível passar por ela sem que se passe pelo posto, ou seja, quem quer ir por conta, tem que descobrir com atravessar o Rio Urubamba.


O ponto de partida da maratona de quatro dias ate Machu-pichu
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O inicio da caminhada é facil. Terreno plano. Umas 2 horas até a primeira parada, onde almocamos. O mais incrivel sao os portadores. Eles carregam 4 vezes mais peso que os turistas e chegam bem antes. Eles armam as barracas, a cozinha, deixam tudo pronto. Dai saimos. Eles desarmam tudo e quando chegamos a proxima parada lá estao eles de novo, com tudo pronto esperando pela gente.


O primeiro acampamento. Parada para almuerzo

Depois do almoco mais caminhada. Aí veio a primeira subidona, uns 45 min de subida. Chegando no alto passamos pelo sítio arqueológico de Willkarakay, que vemos la no fundo do vale. Lá em cima, a agua ja custa 3 soles, e segundo me disseram, quanto mais longe da civilizacao mais inflacao. No proximo ponto ja estava 4 soles.

Baks na frente Willakaray. Karay é chegar ate lá.
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Chegamos ao primeiro acampamento, onde jantamos e, sem nada pra fazer, tentamos dormir. Aí deu problema pra mim. Como durmo de bruços e o colchonete era pequeno, nao consegui dormir nada pois os joelhos doiam muito. E o pessoal tambem nao dormiu direito por causa do frio.


Baks encarando mais uma descidinha

No outro dia, acordamos, quer dizer, levantamos às 5h para comecar o segundo dia, o mais terrivel de todos. Estavamos a mais ou menos 2800m de altitude e comecamos a caminhada. Terrivel. Subida e baixada. Subida e baixada. Subiiiiiiiiiiiida e Baixaaaaaaaaaaada. Até o ponto mais duro de todos. A subida de uma hora e meia ate o primeiro passo, o monte Abra Warmiwanuska, a 4200m. Voce esta la embaixo e da um desanimo geral saber que tem que subir tudo aquilo. Quando se chega la em cima o frio é intenso. Voce esta muito cansado mas logo o suor da roupa comeca a gelar e fica pior ainda. O negocio é ficar sempre caminhando.

Vista lá de cima do ponto alto
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No parte alta do Camino, apos a maior subida. Podrao.


A subida é foda, mas às vezes o visual compensa. Nao é?

Depois da longa subida, uma longa baixada. Quase uma hora descendo. E aí o camino inca se torna muito perigoso, pois as pedras resvalam e as escadas tem os degraus muito grandes. mas enfim, chegamos ao ponto final, depois de sete horas de subida e descida. Lá acampamos e, muito cansado, consegui dormir uma hora, afinal.


Lá embaixo foi o local do acampamento

No terceiro dia, sexta, acordamos as 5h30min. Seria o dia mais longo, com 7 horas de caminhada, perfazendo 16 kilometros. Logo no inicio uma super subida de 1h. Quando digo subida, é subida mesmo, em degraus, o que fica pior ainda. Lá no topo, as ruinas de Runkuraqay, que seria um posto de passagem inca. Atingimos o segundo passo, a 3780m. Os incas fizeram varios deles, a cada 10km, como se fosse um hotel para os caminhantes ate Machu-Pichu descansarem.


Baks encarando mais uma subidinha

Seguindo adiante, comecamos a baixar mais e a paisagem vai mudando, ficando mais verde. E veio a chuva. Antes havia chovido tambem, mas so uma garoa. O forte era a noite, para sorte nossa. Mas dae comecou a chuva de dia, o que atrapalhava ainda mais a caminhada. Passamos por alguns tuneis que os incas esculpiram na rocha e chegamos ate Sayaqmarca, um outro ponto de descanso e um templo de adoracao ao sol.
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Tuneis abertos pelos incas para dar passagem


Chega a chuva. O jeito é se abrigar

Baixamos um pouco mais e chegamos exaustos ao ponto de almoco. Recomecamos a marcha até atingirmos o terceiro passo, Phuyutamarka, a 3620. A partir dali seria so descida. Mas nao quer dizer mais facil. Descida o tempo todo é muito ruim. Como se fosse descer escadas, mas escadas molhadas e tortas, feitas de pedras.


Baks no topo do mundo, no terceiro passo

Chegamos ate Phuypatamarca, um templo de adoracao a agua. Descansamos um pouco e seguimos numa descida de aproximadamente 3 horas ate perto do acampamento. Lá, o caminho se divide em dois, um mais curto ate o acampamento e outro mais longo, mas que passa pelas ruinas de Intipata, um centro agricola com terracas de cultivo que provavelmente abastecia a cidade de Machu-Pichu com comida. Resolvemos pegar o caminho mais longo, é claro.


As escadarias do Camino Inca

Em Intipata, a paisagem é incrivel. Estamos a 2h de Machu-Pichu. La embaixo da pra se ver o rio Urubamba e os trilhos do trem, alem dos nevados ao longe. Curtimos uns 30 minutos a vista e chegamos ao último acampamento, este um luxo. Em Wina-Wayma se pode tomar banho com agua quente, tem musica, se come dentro de um enorme restaurante e tem inclusive, bebida gelada, que nao via a tres dias. Todos os grupos se encontram lá. É um clima de festa total, depois da janta todo mundo acaba dancando. Mas só ate as 22h.



Os terracos de cultivo em Intipata

O Rio Urubamba, visto la de cima. Pouca gente ve isso porque quase todos pegam o caminho mais curto

No outro dia, acordamos as 4h. Deixamos tudo pronto e partimos. Nos despedimos dos portadores, os companheiros que trabalhavam e carregavam nossas coisas montanha acima. Agora faltavam so duas horas ate MP e depois voltariamos de trem. Consegui dormir 3h, o recorde. Bueno, chegamos as 5h10 no posto de controle, que abre as 5h30min. Isso porque queriamos ser o primeiro grupo a chegar a MP. Mas outros tambem haviam pensado nisso e ja haviam dois grupos na nossa frente.

Passsamos pelo posto e recomecamos a caminhada, quase totalmente plana. No caminho passamos por mais ruinas, como Intipunku. Duas horas depois, apos uma curva nas montanhas, se abriu, na nossa frente, as maiores e mais bem preservadas ruinas incaicas ate entao descobertas, a cidade esquecida de Machu-Pichu.


A foto tradicional com a galera do grupo. No fundo, o Huyna Pichu, que fica para outra hora, junto com o Misti

Machu-Pichu foi descoberta em 1911 pelo americano Hiram Bhingam, hoje nome de trem. Bhingam estava atras da cidade onde os incas remanecentes haviam se escondido depois da conquista espanhola. Mais tarde, descobriu-se que essa cidade estaria a 100 km dali, ja na selva peruana.


Baks com MP atras. Quer dizer, imagine que MP esta atras, pois uma nevoa encobriu tudo bem na hora

O que se sabe sobre MP nao é muito. A teoria mais aceita é de que se tratava de um retiro do imperador Inka, para descansar e fugir do clima rigoroso de Cusco. Cusco esta a 3500m. MP, a 2500m. Segundo os historiadores, MP foi esquecido por ordem dos sacerdotes. Isso porque os espanhois estavam destruindo e saqueando tudo. Os sacerdotes entao ordenaram o abandono da cidade. Os incas nao haviam desenvolvido a escrita e seus registros historicos eram feitos em quipus, uma especie de corda com varios nozes. Os espanhois haviam matado todos os amautas, as pessoas que sabiam ler esses cordoes. Entao MP, ainda bem, so apareceu ao mundo em 1911.


Baks no complexo de MP
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Machu-Pichu é uma cidadela cheia de fontes, templos e casas. Ao fundo, o Huayna Pichu, a montanha que cerca a cidade. Tinhamos decidido subir o Huayna Pichu, umas 2h para subir e descer mas estavamos tao cansados que desistimos. A visao la de cima deve ser fantastica. Da proxima vez, vou de trem, dai vou poder subir o monte.


Complexo de habitacoes em Machu-Pichu

Demos uma volta geral pela cidade com o Jose, nosso guia, explicando varias das construcoes, como o relogio solar, que servia como calendario para saber a epoca certa da colheita e plantio. Depois de um tempo, la pelas 11h o Jose deu as ultimas coordenadas, de como pegar o trem, que saia as 14h e o local do almoco e disse que teriamos mais uma hora a vontade para percorrer a cidade, antes de descer ate Aguas Calientes, a cidadezinha no sopé da montanha. A partir das 11h, MP comeca a ficar lotada de gente. Chegam os trens de Cusco e só se ve turistada gringa por toda a parte.
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Baks ficou chateado porque nao deixaram abrir a bandeira do Colorado em MP. Por causa disso, ele atirou tres guardinhas no rio lá embaixo

Estavamos todos podres e resolvemos ir para Aguas Calientes. Infelizmente, fazendo a trilha inca, voce chega a MP podrao e fica sem nenhuma vontade percorrer as ruinas. Faltou muita coisa pra ver la. Descemos para Aguas Calientes. O onibus vai ziguezagueando montanha abaixo. Lá almocamos e pegamos o trem para Cusco. Na verdade, ate Ollantaytambo, e dali, onibus ate Cusco, onde chegamos em torno das 6h.
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As aguas frias do Rio Urubamba correm fortes em Aguas Calientes

Baks no trem na volta
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Dai dei um tempo, comi alguma coisa, mexi na internet e acabei nao dormindo. Quando foi 23h30 sai pra balada, é claro. Acabei no Mama Africa, o point da gringaiada em Cusco. Cheguei no hotel ja era 4h da manha e dai preguei no sono.

Hoje de manha me acordaram as 8h para fazer o passeio de rafting pelo rio Urubamba, que ja havia comprado antes. Desisti. Tava podrao. Voltei a dormir e acordei hoje as quatro da tarde. Agora to legal. Vou aproveitar a ultima noite em Cusco. Amanha vou recorrer outros locais da cidade, uns museus e lugares de interesse turistico. As 14h30 sai o voo para Lima, onde chego as 16h. Depois, ja na terca, 2h30min, o voo de volta ao Brasil.
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No trem, um conselho das autoridades peruanas para voce manter a boa higiene corporal

sábado, 15 de março de 2008

O Umbigo do Mundo

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Napaykullayki! (Hola! em quechua)
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Estou em Cusco, a capital imperial. Cusco, em quechua, quer dizer "umbigo do mundo". Os incas acreditavam que a cidade era o centro do planeta.
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Bueno. Chegando domingo fui logo procurando um lugar para me quedar. Achei um quase ao lado da praça principal por 20 soles, o Fenix. Deixei minha equipaje e fui explorar a capital dos incas.
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Que umbigo, que nada, Cusco tem esse nome em homenagem a esses caras aí de cima

Cusco é uma cidade de arquitetura colonial que conserva vestígios de construçoes incas aproveitadas pelos espanhóis para construir suas igrejas e palácios. Pode-se ver por toda a parte cosntruçoes com a base em pedra dos tempos dos incas e a parte superior colonial. Os espanhois destruiram quase tudo. A cidade conta com cerca de 270 mil habitantes. O que tem de gringo aqui nao é brincadeira. A estrutura turistica é excelente: restaurantes, hoteis, agencias de viagens, casas noturnas, para todos os gostos e bolsos.
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A bandeira incaica tremula na Plaza de Armas. Apesar da coincidencia, os incas nao eram gays.
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Tudo em Cusco gira em torno da Praça de Armas, como em quase todas as cidades peruanas. A praça é rodeada de restaurantes e lojas para turistas. De um lado esta a catedral, construida sobre o antigo palácio do Inca Viracocha. A construçao tem tres naves imensas e como é de costume, no se puede sacar fotos da parte interna.
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A catedral de Cusco
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Saindo da catedral, logo ao lado, na outra esquina esta a Igreja de La Compania, erguida pelos jesuitas em 1576, no local onde ficava o palácio Amarucancha de Huayna Capac. Lá da parte de cima da igreja da pra se ter uma visao bem legal da Plaza de Armas.


A igreja dos jesuítas


A Plaza de Armas vista do alto

Saindo de la, tratei de jantar e voltar pro hotel. Aproveitei para comprar os passeios em Cusco. No dia seguinte foi reservado para conhecer o Vale Sagrado dos Incas, passeio de bus pelos vales a cerca de Cusco, por soles.


O Vale Sagrado dos Incas
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O Vale Sagrado é o vale formado pela passagem do Rio Urubamba. Lá se espalham cidadezinhas pitorescas e diversas ruínas de templos e fortalezas construídas pelos incas. A paisagem é espetacular. A primeira coisa a fazer é comprar o Boleto Turístico, um papel que por 70 soles te dá direito de entrar em quase todos os museus e ruínas de Cusco e o Vale Sagrado.


Terraços de cultivo no vale sagrado

A primeira parada do passeio foi Pisac, a 33 km de Cusco. Lá se encontra as ruínas de Intihuatana, um templo inca dedicado ao ao sol. Uma subida forte pela encosta da montanha e logo se chega ao lugar. De lá se pode ver as terraças de cultivo incaicas esculpidas na montanha.

I
Intihuatana


Lá embaixo é a cidadezinha de Pisac


As ruínas de Intihuapata mais a cerca
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A segunda parada é na cidade de Urubamba, onde almocamos e seguimos para Ollantaytambo. A cidade foi uma das bases de resistencia de Manco Capac contra os espanhóis. Lá existem uma fortaleza, um centro religioso e uma área de habitacao, planejada na forma de uma espiga de milho. Porem, o complexo nao fora totalmente terminado, a prova disso é que na base existem muitos blocos de pedras, talvez prontas para serem utilizadas.


As ruínas de Ollantaytambo
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A cidade de Ollantaytambo
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Saindo de Ollantaytambo e voltando para Cusco, passamos pela localidade de Chincheiro, onde há um colorido e autentico mercado de souvenirs peruanos. A pequena igreja também é bem interessante, construida em adobe.


As ruazinhas da cidade de Chincheiros
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A igrejinha chincheiriana

Na terça... Bem. Ja andamos de carro, taxi, bicicleta, 4 x4, aviao, barco, moto. Trem ja esta marcado na volta de Machu-Pichu, entao, terca, aluguei um cavalo. Aluguei um cavalo e fui dar uma banda.


Baks vira caubói

Nos arredores de Cusco existem várias atracoes. Uma delas é Sacsayhuaman, uma construcao enorme dedicada exclusivamente ao culto do deus-sol. A "fortaleza", estima-se, foi construida com a participacao de 20 ou 30 mil pessoas. Blocos de pedra de ate 350 toneladas se encaixam com total precisao, tanto que resistiram a vários terremotos. Os muros, tem quase 300m de comprimento e alcancam 9m. Como quase todas as outras construcoes incaicas, foi destruida pelos espanhois, que aproveitaram as pedras para construir suas proprias edificacoes. Cusco tem a forma de um puma. Sacsayhuaman seria a cabeca desse puma, situada no alto de uma montanha. Só se tem acesso ao complexo por um lado, por isso que se pensou, inicialmente, que seria uma fortaleza militar. Pizarro, percebendo a importancia estratégica de sua localizacao, instalou ali seu quartel-general quando tomou Cusco.


As pedrinhas de 100 toneladas


A Plaza de Armas de Cusco, vista lá de cima de Sacsayhuaman
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Cavalgando pelo norte, cheguei a Tambomachay, que em quechua significa "lugar de descanso". Provavelmente o lugar foi um local de repouso para os imperadores incas, ou seja, um spa para a nobreza incaica. O conjunto é composto por pedras talhadas pelas quais flui água em vários pontos. Um sistema de aquedutos subterraneos traz a água de uma fonte na montanha próxima.


O spa do Inka: Tambomachay

Voltando em direcao a Cusco cheguei a Puca Pucara, uma pequena fortaleza militar incaica na enconsta de uma montanha. Devia terminar o passeio em Qenqo, um oratorio dedicado ao deus da guerra, porem, a galope, fui logo entrar o cavalo para o arrieiro pois as 17h comecava Cienciano X Cel. Bolognesi pela Taca Libertadores, grupo do Flamengo.


Baks desafiando Newton na ponta de Puca Pukara

Me toquei pro Estádio Inca Garcilaso de la Vega. Comprei a quase popular, onde fica a hinchada do Cienciano. Devidamente fantasiado de torcedor, acompanhei o jogo junto da Camisa 12 deles. Já que o Cienciano é vermelho e branco, levei junto minha bandeirona do Colorado. "Yo soy de Cusco, soy de Peru, soy Cienciano, de corazón". E assim por diante. O jogo tava muito morno, o Bolognesi, que é de Tacna, também do Peru, só se retrancava. O ciano pressionava, mas sem objetividade. Lá pelos 30 do segundo saiu o gol da equipe da casa. O Bolognesi, a partir daí, foi pra cima e chegou a botar uma bola no travessao. Mas terminou mesmo 1 a 0 pro Cenciano. Deu pé quente. O Cienciano agora é líder do grupo junto com o Nacional de Montevideo com 6 pontos. .

Baks devidamente camuflado na hinchada do Cienciano


A torcida faz a festa em Cusco. Nao adianta. Futebol é futebol em qualquer lugar

Saí do estádio e fui comprar umas coisas pro dia seguinte. Ia comecar, na quarta, a peregrinacao até Machu-Pichu pela trilha inca, caminhando 35 km pelas montanhas do Peru. Apesar disso, dei uma escapada em Cusco na night. Cusco é o bicho.


A Plaza de Armas à noite depois da saída do Estádio
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Os Incas
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Parte 2: O Declínio do Império Sul-Americano

Capítulo 2: A captura e morte de Atahualpa

Pizarro enviou um embaixador a Cusco pedindo um encontro com Atahualpa, na cidade de Cajamarca, ao norte do atual Peru. Este, dirigiu-se amavelmente ao Inka, mas fez, propositadamente, seu cavalo empinar, que relichou quase na cara do inca. A demonstracao de forca teve impacto na populacao: muitos suditos, apavorados, deram no pé. Quando o espanhol foi embora, Atahualpa, furioso, disse que o cavalo era apenas um anima, como a lhama, só que maior e menos dócil. Acrescentou que aqueles que fugiram eram covardes e o tinha envergonhado na frente do embaixador estrangeiro e como castigo, mandou matá-los.
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Aí começa um jogo de gato e rato que termina ruim para os incas. Atahualpa, que pretendia atrair os espanhois para uma cilada, mandou avisar que compareceria no encontro, mas que seus indios tinham medo dos cavalos e queria, portanto, que os animais estivessem presos. Sua intençao era, neutralizando o poder atemorizante dos animais, mandar seus guerreiros atacar os brancos, dominando-os.
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O tiro saiu pela culatra: era tudo o que os espanhóis precisvam, porque puderam enfiar seus cavalos nas casas em volta da praça, aparentemente atendendo ao pedido de Atahualpa, quando, na verdade, armavam uma cilada. O mais curioso é que Atahualpa sabia onde estavam os espanhóis, pois havia enviado um espiao que voltou com a noticia de que os brancos, apavorados, tinham se escondido nas casas e que só Pizarro e alguns estavam na praça esperando pelo Inka. Santa inocencia.
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Pouco antes de anoitecer Atahualpa cheou à praça com uma grande comitiva. Tinha atras de si um grande exército, mas nao havia espaco na praça para tanta gente e só um número limitado de guerreiros pode acompanha-lo. Pizarro propos que se convertesse ao cristianismo e aceitasse a autoridade de Carlos V, rei da Espanha e entregou uma Bíblia a Atahualpa. O Inka simplesmente nao conseguiu acreditar que meia dúzia de gatos pingados tivessem a ousadia de lhe propor tal coisa e atirou a Biblia ao chao.

Isso foi o estopim para que os espanhois saissem de dentro das casas e atacasse a guarda pessoal de Atahualpa. Porem, independente do episódio da Bíblia, o ataque ja estava planejado. Os espanhois, numa jogada ousada e de pura sorte, conseguiram aprisionar Atahulapa. Assustados com aquela arma que matava a distancia com um estampido semelhante ao trovao, os cavalos e com seu lider nas maos dos espanhois, os guerreiros incas entraram em panico e, aterrorizados, tentaram sair todos ao mesmo tempo da praca, pisoteando-se. Os que ficaram para tras foram presa facil para os espanhóis.

Mesmo assim, a quantidade de incas era imensamente superior. Passado o susto inicial, e reagrupando-se para a batalha, os guerreiros ficaram de maos atadas: seu lider era um refem nas maos dos espanhois e nao puderam fazer nada. Na escaramuça que durou menos de uma hora foi decidido o destino do Império Inca e a história da América e Europa restaria vinculado, por séculos, a essa conquista.

Feito prisioneiro, Atahualpa nao foi maltratado e mantido com regalias. Em troca, Pizarro exigiu que o seu povo nao hostilizasse os estrangeiros. Temendo um acordo de Pizarro com seu irmao, Huascar, preso em Cusco, Atahualpa conseguiu mandar mensageiros ordenando que matassem Huascar. Agora, ele, Atahualpa era o último inca capaz de manter o controlo sobre seu povo.

Isso feito, Atahualpa negociou com os espanhois sua libertacao: um quarto cheio de ouro e prata. Os incas trataram de recolher todo o ouro possível para libertar seu comandante. Enquanto isso, Pizarro, querendo ganhar tempo, foi recrutando outros indios que eram rivais dos incas, os povos que foram submetidos por eles. Além disso, outros espanhois foram chegando.

Os incas entao entregaram o resgate pedido pelos espanhois. Mesmo assim, Atahualpa foi morto, depois de um simulacro de julgamento em que foi acusado de mandar matar seu irmao e de nao aceitar a fé crista.

Os espanhois, apoiados pelos povos que tinham sido submetidos pelo imperio incaico entraram em Cusco em novembro de 1533. O que se seguiu foi uma pilhagem sem precedentes na História. Milhares de estatuetas de ouro, representando divindades foram saqueadas, tendo-se como desculpa o fato de nao serem cristas.

Pizarro, astuto, sabendo que ainda nao era capaz de controlar o enorme império incaico, nomeou imperador Manco Capac, irmao de Huascar, um fantoche nas suas maos, enquanto esperava a chegada de mais reforcos da Espanha. Embora durante algum tempo tanha existido uma certa resistencia, comandada pelo proprio Capac, o império acabara.

Com todo aquele ouro rolando solto, comecaram as intrigas: amigos de Almagro adivertiam-no a tomar cuidado com Pizarro, seu sócio. Pizarro era aconselhado a se livrar de Almagro. A divisao entre os dois foi inevitavel e uma guerra entre os dois terminou com a morte de Almagro, enforcado, sob a acusaçao de traiçao, em 1538. Tres anos depois, o proprio Pizarro morreria assassinado pelo filho de Almagro.
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Se Atahualpa soubesse que os espanhois eram muito mais perigosos que seu irmao. Se soubesse que, para dete-los, bastaria apenas uma centena de arqueiros. Se soubesse que estava enfiando uma cabeça na jaula de um leao aceitando se encontrar com Pizarro. Se o imperio nao estivesse em guerra civil quando Pizarro desembarcou. Se algo tivesse dado errado na ousadia de Pizarro na praça em Cajamarca. Se Atahualpa tivesse escapado do cativeiro. Talvez a história dos últimos 500 anos tivesse sido muito diferente. Mas seriam "se" demais.

terça-feira, 11 de março de 2008

Lima, a cidade dos reis

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Lima é uma metrópole com mais de 9 milhoes de pessoas. Como qualquer grande cidade brasileira tem de um lado favelas, um centro antigo decadente e "ilhas" de riqueza com lojas sofisticadas, residencias elegantes e restaurantes finos.

Lima foi fundada em 1535 ja com a intencao de se tornar a capital do Vice-Reinado do Peru. Em 1610 contava com 26 mil habitantes. No seculo 19, a populacao ja se expandira bastante, mas a partir de 1930 é que aconteceu o boom, saltando de 300 mil para 3,5 milhoes em 1970.

A cidade tem esse nome por causa do Rio Rímac, que corta a cidade. Quando os espanhois chegaram nao entenderam a palavra "rímac". Entenderam "lima" e assim ficou o nome da cidade. Rímac é uma palavra quechua que quer dizer "sons da agua" porque ha muitas pedras no rio. Alias, uma palavra quechua que foi aportuguesada é "cancha" que quer dizer sítio, lugar. Hoje usamos cancha para designar um lugar para prática de esportes.

Cheguei em Lima quinta de noite na casa do Gerald e fomos jantar. Comemos anticucho, coracao de boi, muito bom, regado a chicha morada, um refresco a base de maiz, um parente do milho.

Na sexta, fui dar uma banda no centro de Lima. Desci na Plaza San Martin e segui ate o calcadao, onde se encontra a Igreja de Nossa Senhora de La Merced, com uma fachada ricamente trabalhada. Aproveitei e almocei numa polleria, estabelecimentos especializados em frango. Saindo dali passeando pelas ruas cheguei ate ao Santuario de Rosa de Lima, onde estao depositos os restos mortais de tres dos cinco santos peruanos.


A Igreja da Mercedes

Fui conhecer o Museu dos Herois de Arica, dedicado aos soldados peruanos que tombaram na batalha de Arica, na Guerra do Pacífico, em 1879, contra o Chile. O maior herói peruano se chama Cel. Francisco Bolognesi. Nao ha uma cidade aqui que nao tenha uma rua ou praca com esse nome. Inclusive tem ate um time de futebol. Bolognesi era encarregado de defender Arica, entao peruana, hoje chilena. Acossado pelas tropas chilenas, recebeu uma oferta de rendicao. Respondeu:" Nao é do meu feitio me render. Luto para vencer ou morrer. A minha unica e irrevogavel resposta é: queimaremos ate o ultimo cartucho". Queimaram, mas nao deu. O Chile chegou a ocupar ate Lima, e venceu a guerra.

Um pouco mais ao norte caminhando duas quadras cheguei ao Rio Rímac, que corta bem o centro da cidade. Seguindo pela beirada do rio (que nada mais é do que um córrego chinfrim), cheguei a Plaza Mayor, antiga Plaza de Armas. A Plaza é rodeada de belos casarios coloniais de cor amarela com marrom, alem da Catedral e do Palacio de Gobierno.


O Rio Rímac, que os espanhois burros nao entenderam e acharam que era Lima


Os predios amarelos da Plaza de Armas, o coracao de Lima

O Palacio de Gobierno é a sede do poder peruano, onde mora o presidente Alan Garcia. Em virtude da crise da Colombia com o Equador o palacio esta fechado, nao se pode fazer visita. Resolvi tirar sarro dos soldados que fazem a guarda do palacio. Chegava para eles e dizia que queria entrar para falar com Hugo Chavez! As vezes riam, as vezes me olhavam serio. Me diverti bastante. Podia ser preso, mas foi divertido. Sobre o Palácio, ele foi edificado, pela primeira vez, em 1536 sobre o palacio do rei local. Pizarro chegou para o cacique e disse "com licenca porque agora eu vou ficar por aqui". O cacique, claro, nao gostou, mas simplesmente se mudou de lugar.


O Palacio de Gobierno, onde mora o Alan
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A Catedral em frente a praca é feita de madeira! A primeira construcao data de 1540, mas foi destruida logo depois por um terremoto, novamente construida ate 1746, quando um terremoto de 9 graus destruiu 90% da cidade e matou 70% da populacao. Na Catedral ha um quadro dessa epoca de um prefeito (que fora mandado da Espanha, ja que o que havia ali tinha morrido) com um plano da cidade numa das maos e ao fundo a catedral em obras. A partir de 1746 os pilares foram construidos de madeira para evitar que desmoronem por terremotos. E pior que funciona.


A Catedral



O interior da igreja

Na Catedral, repousam os restos de Francisco Pizarro, descobertos por acaso em 1985 em uma obra de restauracao atras dos restos de um arcebispo. Pizarro morreu assassinado. Ele havia brigado com seu socio, Diego de Almagro. A proposito a cidade de La Paz, hoje capital da Bolivia, foi fundada para celebrar a uniao entre os dois. Uniao que nao durou muito. Pouco depois, Pizarro assassinou Almagro e depois foi morto por partidarios almagristas.

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A urna com o que sobrou de Francisco Pizarro

Saindo dali fui conhecer a Igreja de San Francisco. A atracao maior, para mim, sao as catacumbas onde repousam mais de 80 mil pessoas. Antigamente nao existia cemiterio e o pessoal era enterrado no subsolo das igrejas. A partir do seculo 20, para evitar a proliferacao de doencas e o mau-cheiro construiram o cemiterio. É impressionante a quantidade de ossos espalhados. Ha um poco com 12m de profundidade cheinho de ossos.

Ao norte da Igreja San Francisco fui passear pela Praca da Muralha, onde foram escavadas as antigas muralhas da cidade de Lima, que funcionaram por 200 anos. O motivo da construcao das muralhas foi o seguinte: em toda a conquista do Imperio Inca, morreram 500 espanhois. Em Lima, para defender a cidade, mais de mil. Isso porque quando os espanhois chegaram ja haviam morando ali 6 mil pessoas. Alem disso, quando os Incas, em 1550 tentaram expulsar os espanhois, escolheram Lima para o ataque, ja que era a capital do Vice-Reinado.


A muralha que defendeu Lima por 200 anos

Bueno. Á noite, o Gerald em levou no bairro Barranco, reduto da boemia e de intelectuais limenhos. Entramos em varias boatezinhas de salsa e ficamo dando banda por la. Dai o Gerald foi buscar a namorada dele e foi pra casa. Antes disso me deixou na frente da boate Você, o point da hora em Lima. Entrei e fui conhecer Você. Toca so musica latina, techno-salsa, cumbia e principalmente a musica do momento: o reggaeton, uma especie de funk com ritmo, que inclusive chegou no Brasil faz uns anos. "Da-me mas gasolina". Agora lembraram.


La no bairro Barranco

Voltei pro ape ja quase de manha. Acordei tarde no sabado, fui para o centro e fiz um passeio de duas horas pelo Bairro Rímac, do outro lado do rio, hoje decadente mas que ja foi tradicional em Lima. Subimos ate o Cerro San Cristobal, onde se tem uma visao 360 graus de toda a Lima.

Dei uma passada no Museu de La Inquisicion. Pois é, houve Inquisicao no Peru. Incrivel. No museu da pra ver os metodos de tortura que usavam no pessoal. Ao lado do Museu, comeca o Bairro Chino, formado pelos imigrantes orientais que sao quase 2 milhoes em Lima. Nao e a toa que o ex-presidente do Peru foi o Alberto Fujimori.


Essa aí foi a primeira Universidade da América Latina

A tarde, me encontrei com a Carolina, a menina que conheci no Voce e fomos passear por Miraflores, o bairro rico de Lima. Realmente, nao perde em nada para qualquer cidade brasileira. Depois de uma pequena cena, voltei para o ape do Geralde e sai de noite na Calle de las Pizzas, onde tem varias boatezinhas nos dois lados, mas mais moderninhas que em Barranco. Voltei quase de manha pra casa de novo.

No outro dia, peguei minhas roupas que havia deixado para lavar e fui para o aeroporto. Resolvi pegar um voo de Lima a Cuzco. O busao demora 18h entao nao era. Cheguei em Cuzco no domingo era umas 15h.

A capital imperial seria novamente conquistada.

De la serie peliculas que usted no puede dejar de bajar a tu PC

Buenos Aires 100 KM (Buenos Aires 100 km, Argentina, 2004), de Pablo Jose Meza. Cinco amigos na adolescencia vivem numa pequena cidade no interior da Argentina, a 100 km de Buenos Aires. Eles passam juntos todas as tardes, sentados na calcada de uma barbearia. Ali, eles vivem suas aventuras. Seus sonhos e problemas sao compartilhados, às vezes. A redencao esta proxima, a 100 km, propriamente falando. Pra quem viveu a infancia numa cidade pequena, proxima de uma capital, nao ha como nao se identificar. O filme bem que poderia se chamar Porto Alegre 100 km, Curitiva 100 km, Belo Horizonte 100 km, etc...

Confira aqui: http://www.youtube.com/watch?v=bvW7qmthyUK