quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Chaco Forever

Ola pessoal,

ontem nao deu pra postar. Cheguei no saiber e ao inves de ficar no PC acabei ficando tomando tererê com o pessoal. Sabe que o troço é bom?. Pro verao é muito bom. Bueno, ontem dei uma última volta por Assunçao. Comi uma empanada chilena por G$ 3000.00, o equivalente a R$1.20. Pela qualidade do ambiente e do pastel, vale uns R$ 3.00 no Brasil. Fui no porto dar uma olhada no Rio Paraguay, que se parece muito com o Guaìba. Passei pelo Palácio do presidente da República e pelo Cabildo, o centro cultural deles. Peguei as coisas no alojamiento e fui pra Rodô. Asta, Assunçao. Gostei da cidade. Se o povo falasse português dava pra confundir com uma típica cidade do Rio Grande do Sul. Tirando os onibus, taxi e o dinheiro deles. Os onibus alias é um entra e sai de vendedor ambulante. Se voce mora em um lado da cidade e trabalha no outro, da pra chegar em casa e nem precisa ir no Super. Encontra tudo no onibus. Comida, bebida e ate aspirina. Nas pracas, pode se ver pessoas normais tomando tererê. Fiquei com vergonha de POA. A Praca da Alfandega e uma vergonha perto da Plaza de Armas deles aqui. Nenhuma crianca me abordou pra pedir dinheiro.



Baks, ao fundo o Palácio Lopez. Palácio Lopez? Vou reinvindicar!



Baks devidamente camuflado, um paraguayo falsificado. Ao fundo, O Rio Paraguay.



Um autêntico cavalo paraguaio. O nome dele é Botafogo.


Peguei o onibus para... Filadelfia. Nao. Nao é a ponte-aerea EUA Paraguai. Trata-se de Filadelfia, Paraguay.

Filadelfia foi fundada por colonos menonitas alemaes. Os menonitas vivem como no seculo passado, andam de carroças, vestem roupas antigas. Muito estranho e surreal. Fui la ver isso. Sao os amishs americanos, eles foram para os EUA e decidiram espalhar a cultura menonita pelo mundo. Escolheram o Paraguay. Num lugar onde ninguem queria ir. O Chaco. Para sempre.

O Chaco paraguayo é um lugar inóspito. Nao tem nada la, a nao ser os alemaes. Foi palco da maior guerra entre paises sulamericanos so seculo passado: A Guerra do Chaco, em 1932 entre o Paraguay e a Bolivia. Tudo começou quando a Bolivia, que havia perdido a costa na Guerra de 1890 e poucos com o Chile, quis conquistar terras ao sul e tomar um porto no Rio Paraguay. Reinvindicou politicamente, o Paraguay disse nao. Eles invadiram. No inicio deram um pau nos paraguayos porque além de ter o exercito mais numeros era o melhor treinado. Só que o Paraguay tinha o Chaco. Pantanos. Vegetacao espessa. Mosquitos. O Chaco é totalmente inospito. O Paraguay foi experto. Nao foi guerrear e construiu uma longa estrada atravessando o Chaco para transporte de tropas e suprimentos. Enquanto isso os bolivianos, contentes pela vitoria inicial facil foram vindo, vindo, ate que, mortos de cansaço e sem provisoes foram presas faceis para o exercito do Paraguay. O resultado foi que a Bolivia se rendeu. Acabou perdendo outra parte do territorio. 400 mil pessoas morrreram (10 por cento da Bolivia na época) e a economia dos dois paises ficou destroçada.

Cheguei na Filadelfia. Encontrei um frances meio maluco que estava viajando pela America do Sul. Acabamos divindo um quarto no Hotel Golondrina, U$ 9.00. O cara me contou que fica 6 meses trabalhando na Europa, junta dinheiro e vem passar um ano aqui. Estava indo para a Bolivia, só que pelo meio do Chaco. Nao sei se chega. Agora é época de chuvas. A estrada é um barril só.


Welcome to Filadélfia, Paraguay.

Acordei hoje e fui no terminal de onibus ajudar o frances e ver se tinha onibus pra ele seguir para o norte. Só a noite. Ele decidiu ir a pe entao ate a cidade mais proxima. É louco. Tambem decidi desistir de ir visitar as colonias menonitas. Tinha muito barro. Me irritei com a cidade. Fui embora. Ate porque o onibus so tinha as 11h da manha. Mas a cidade é atraente. Sao casas bonitas, bem cuidadas, bem estilo alemao. Exite um belo museu no cruzamento da Av. Hindenburg (!) com a Friedhofstrasse (!): o museu Jakob Unger, que conta a historia dos alemaes no Chaco. O problema é que nao existe calcamento nas ruas. Quando chove, e foi o caso, o barro e imenso. O povo todo anda de Nissan, Toyota, Mitsubichi. É o unico jeito. Andei so de pe no chao. Adeus Chaco, forever.



O museu

Peguei o onibus para Concepcion, onde estou agora. A paisagem na estrada é a mesma de sempre. Só vegetaçao nativa. Nada de pastagens ou agricultura. Aqui em Concepcion todo mundo tem sua moto. Sao 10 motos para cada carro. Tive que ficar aqui porque o proximo onibus sai so amanha de manha com destino a Pedro Juan Caballero, fronteira com o Brasil.

Fui.


Da série músicas que não podem faltar no seu MP3 Player

4 comentários:

Marcelo Trein disse...

Feons! Chaca chaca

MarcoVarnieri disse...

..tu não disse quanto pagou no hotel em Assunção!

Anônimo disse...

Depois do Chaco tem qu ter o Tchaca!!!

Comprou meu cartão? Se não, vou boicotar teu blogue. Acho que descobrir a senha não vai ser difícil.... Hsuiahsiuahsiuahsiuahs

Anônimo disse...

OOOOO Safadonks, tu não responde aos comentários? Quero o vídeo com a dancinha, seu frutão! Outra coisa, não tem Patos por aí? Quero uma foto com a legenda: "um tchauzinho especial pro pato!" Hauiahsiuhasiuhaisuahisahusai

Quero meu cartão!

Seu Baitola!